Foto 01: Chegada
do primeiro caminhão a Frutal, em 1913. O sobrado que se vê na foto, o
primeiro a ser construído nesta cidade (Já demolido), pertencia ao
Cel. Alonso de Morais, tabelião do 1 ° Ofício da Comarca.
Foto 02: Foto
do primeiro sobrado construído em Frutal, na virada do século XIX para
o século XX. Não sabemos quem mandara construir tão soberbo e
imponente edifício. Temos apenas lembranças de que, no andar térreo
desse sobrado, onde se vêem as três portas de esquina, haviam
estabelecido um armazém de secos-emolhados, onde se vendiam cereais,
ferramentas,_ louças, bebidas alcoólicas (principalmente cachaça),
remédios, querosene e toucinho gordo salgado. Na época, cereais em
geral eram vendidos aos litros e não aos quilos, como atualmente é
uso. Mais tarde, bem anos depois: no mesmo local funcionara a agência
do correio de Frutal, sendo nomeado seu agente o jovem José da Matta
Pinto Júnior, cidadão calmo, paciente, educado e benquisto em nossa
sociedade. "Zé Matinha" ainda vive, gozando de invejável boa
saúde. Já beira a casa dos oitenta... No andar superior do referido
sobrado, residia, por fim, a família do Cel. Alonso de Morais, tabelião
do 10 Ofício da Comarca. No mesmo andar, instalara ele o seu Cartório,
o mais procurado pelo povo em geral. Hoje, só se lembra desse majestoso
sobrado uma dúzia (se muito) de veteranos frutalenses! Ali só existe,
agora, um estacionamento de veículos e o antigo casarão acabou em ruínas.
Foto 03: O
majestoso e amplo edifício do fórum de Frutal (ainda de pé) foi
inaugurado com solenes festividades no dia 10 de dezembro de 1924, dia
em que comemorava o seu trigésimo aniversário de judicatura, na
comarca, o Dr. Luiz José de França e Oliveira.
Foto 04: Primeiro
Grupo Escolar de Frutal. denominado "Gomes da Silva". Foi
oficialmente instalado, com muitas festas, no dia 15 de janeiro de 1924.
No governo de Israel Pinheiro, em anos depois, foi demolido e em seu
lugar ergueu-se outro edifício escolar, com a mesma denominação de
"Gomes da Silva".
Foto 05: Orfanato
"Júlia Carvalho", fundado em 15 de novembro de 1939, por Dona
Isolina Amélia de Souza Carvalho. Sua inauguração oficial ocorreu no
dia 16 de julho de 1954, com grandes festas. Posteriormente, por motivos
óbvios, esse Orfanato passou a denominar-se Nosso Lar" Júlia
Carvalho". A atual diretoria, composta de abnegados cidadãos
frutalenses, tem procurado desenvolver, com carinho o desvelo, o
funcionamento desse acreditado estabelecimento de caridade, o qual vem
produzindo ótimos frutos desde a sua instalação.
Foto 06:
Trecho da Rua Senador
Gomes da Silva, antigamente
chamada de "rua do meio" foto de 1921. Atualmente, a
Rua Senador Gomes, com mais de mil metros de extensão, é uma das mais
bonitas e movimentadas de Frutal. Está toda asfaltada e arborizada.
Nela ergueram-se belíssimas construções residenciais, porém o seu
comércio deslocou-se para as ruas e avenidas próximas da Rodoviária,
cuja zona passou a ser a de maior crescimento da cidade.
Foto 07: Primeira
igreja Matriz de Frutal, cuja construção teve início no ano de 1854,
foi concluída por volta dos anos de 1871 e 1872. Suas paredes, quase
todas de adobe , com o decorrer do tempo e a abundância de chuvas que
caíam freqüentemente, iam desmoronando em alguns de seus lances, que
eram, após, substituídos por tijolos. Restaurada e pintada de novo em
1911/1912, a referida Matriz apresentava novamente um aspecto bonito. No
coreto que se vê ao lado, realizavam-se leilões de prendas que eram
arrematadas em benefício das festas religiosas. O aludido coreto foi
construído quando da restauração da igreja, sendo construtor da obra
o -habilidoso e competente carpinteiro Joaquim Victorino Pereira.
Foto 08: A
velha igreja Matriz de Frutal, construída entre os anos de 1854 e 1872,
já se encontrava em precárissimo estado de conservação na década de
30 do Século XX, sendo por isso denominada pelos Capuchinhos da paróquia,
em Outubro de 1939.
Foto 09:
A nova Igreja Matriz de Frutal,
obra secular implantada pelo inesquecível e
venerando
Frei Teodósio de Castelbuono, cuja morte prematura impediu que o amado
capuchinho visse terminada a obra que sonhara e idealizara com tanto
amor e tanta fé. O suntuoso Templo Católico, um dos mais belos e ricos
da região, recebeu,em 10 de outubro de 1957, a primeira bênção
ministrada por Sua Exa. Revma. D. Alexandre Gonçalves Amaral, Bispo da
Diocese de Uberaba.
Foto 10: Primeira
Cadeia Pública de Frutal, construída
por volta dos anos de 1886/1887. Em seu pavimento superior
funcionou, por muitos anos, o Pátio Municipal. A referida cadeia, já
em ruínas, foi
demolida nos meados do ano de 1932.
Foto 11: Segunda
Cadeia Pública de Frutal,
construída
em 1923, na administração do então
agente executivo municipal, Sr. Raul de Paula e Silva. Tão logo
terminadas as obras de construção desse presídio, começou o mesmo a
funcionar, desativando-se, assim, a primeira cadeia pública construída
por volta dos anos de 1886 e 1887. Já em ruínas, foi esse edifício do
Estado demolido em meados do ano de 1932.
Foto 12:
Primeiro
Jardim Público de Frutal, construído entre os anos de 1916/1918. A
foto acima foi tirada tão logo concluídas as obras de construção do
lindo coreto que se vê bem no centro do jardim. Vê-se na frente do
coreto o tanque de água para criação de peixes de ornamentação.
Destaca-se bem, na foto, o alto cruzeiro plantado defronte à
velha Matriz. Quando foi batida esta foto, ainda não havia
canteiros construídos e nem o jardim havia sido entregue à servidão pública,
o que ocorreu entre os anos de 1919/1921.
Foto 13: Primeiro
Jardim Público construído na praça principal da velha cidade de
Frutal. Seus canteiros artísticos, ornados de lindas alegorias,
trabalhadas com pedras coloridas, chamavam a atenção dos forasteiros
que visitassem a nossa pacata cidade. Na foto vêem-se, ao fundo, a
velha Matriz e, à esquerda, a residência do Cel. Bento de Menezes e a
casa comercial do Tte. David Rodrigues Nunes.
Foto 14: Coreto
construído na Praça Dr. Alcides de Paula Gomes, bem no centro do
jardim público, Verdadeiro monumento de arte e' beleza arquitetônica,
foi inaugurado no dia 10 de janeiro de 1923 e demolido na gestão do
prefeito Homero Alves de Souza, em 1968,
Foto 15: "Coreto
amigo", testemunha sobrevivente de uma fase promissora da cidade,
como traço marcante de seu progresso incipiente, quantos sonhos não
abrigaste, quantas juras de amor deixaram eco em tuas grades, então
lustrosas e bem cuidadas! Nas noites de plenilúnio, em teu recinto,
bandolins saudosos e doloridos acordavam um tempo já passado, fazendo
chorar e palpitar dentro em tantos peitos velhos amores... Marco
imponente, viste nascer uma geração que está passando, aos poucos. Tu
lhe testemunhaste as ven1uras íntimas nos velhos amores florescidos em
teu lado... Tinhas um sonho, que o ambiente circundante te permitia
sonhar! Tão lindo espetáculo ofereciam os canteiros em volta, em sua
simetria perfeita, em sua floração magnífica... Imponente e solitário,
em meio à Praça imensa, a tua fé encontrava um símbolo à tua própria
frente num velho Cruzeiro plantado defronte de um velho Templo derruído...
Por força! a muda tristeza das coisas se reflete em ti, coreto solitário,
tristeza tornada em revolta surda, eis que ao menos em homenagem póstuma
ao teu construtor, que tanto amou Frutal, deverias sobreviver intocável,
cercado de carinhos como preito de veneração e respeito à memória
daquele artista que se fizera poeta ao idealizar-te! Os homens passam,
meu velho coreto, mas as nações ficam..."
(Excertos de uma crônica de Márcia Campelo, publicada em "Tribuna
de Frutal", n.o 5 de 10/09/1944)
Foto 16: Foto
da inauguração do "Gomes da Silva Foot-Ball Club", em 06 de junho
de 1920, vendo-se os 1 o e
20 "teams"
do "Vermelho",
rumo ao seu campo de
"sports", localizado à Praça Affonso Penna, onde hoje está
instalado o Ginásio Brasil.
Foto 17: Capela
de Santo Antônio (Já demolida)
Foto 18: Funcionários do foro de Frutal
(1946)
Foto 19: Na
casa que se vê à direita, nesta foto, funcionava o "Cinema
Morelli", nos anos de 1913 a 1928. Foi ela adaptada para esse fim.
Casa baixinha, tinha cinco janelas na frente e uma porta de saída. O
salão
era grande, sem forro, com soalho
de tábuas largas. Pregada ao salão, havia uma varanda rebaixada uns
trinta centímetros do nível do soalho onde se colocavam cadeiras para
os espectadores.
Os rapazes gostavam de ficar
na varanda para melhor namorar suas bem-amadas. Os namorados não se
sentavam juntos. Era namoro de longe, sério e respeitoso. Naquele
tempo, a entrada no salão era pela porta que se vê ao lado, dando
comunicação com o botequim instalado no pátio fronteiriço. Na década
de trinta, o Cinema Morelli" já não existia mais. O prédio foi
demolido para ali se erguer a indústria de lacticínios
"Malibu".
Foto 20: Procissão da festa de N.
S. do Carmo (padroeira de frutal), Festa realizada em 16/07/1912.
Foto 21: Conhecem?
Foi a "Dama mais chie" presente ao casamento dos
"Pororocas", no carnaval de 1941. "Virtuosa" e
"decente", sem manchas capazes de ferir-lhe a
"moral", teve ela, contudo, a "infelicidade" de
tornar-se" osente" do marido, ficando em seu poder os dois
filhos do casal: (!) um branco e o outro preto... Quando nasceu o filho
"colorido", o esposo deu o bufo e sumiu! E ela, a
"inocente", magoada com tanta calúnia e invencionice,
resolveu ir morar lá para as bandas da estrada boiadeira, para
ali" cumprir o seu destino"... Mulher "séria" sofre
mesmo na língua do povo! Ruindade!
Foto 22: O
formidável e gozadíssimo "Zé Pereira" do carnaval de 1927.
Quanta alegria! Quanto entusiasmo! Quanta saudade! A cidade inteira se
movimentava para acompanhar o "Zé Pereira". Cada dia uma
novidade. E o povo ria e cantava e brincava e dançava ao som das
saudosas marchinhas do passado, que ainda hoje imperam nos salões sem
serpentinas, sem confetes, sem lança-perfumes, sem fantasias! Tudo
acabou! Outros os tempos, outros os costumes, outras as gentes. Os
personagens desta foto são: sentados na calçada, da esquerda para a
direita: Marico Nunes, Pascoal Plastíno, Lulu Menegazzi e Antônio
Dias. Em pé, da esquerda para a direita: Cândido Moreira, Arlindo
Plastino (a noiva), Sebastião Agápito (o noivo), Luiz Rosa, Ernesto
Plastíno e Alpheu Reis, este, o pai da noiva, revoltado porque a filha
deixara o noivo "rebentar-lhe" o "cabaça" antes da
hora... Isso não era usado naqueles tempos! Tudo podia ser, menos bulir
na "caixinha"... Ao fim da tarde, os foliões se dirigiram à
Pensão de Dona Felisbina, à procura do Revmo. Cônego Osório, para
que ele desse a bênção aos noivos... O querido vigário riu muito e
até achou graça na turma do "Pereira"... Viva!
Foto 23: Banda
de música/'Progressista", fundada em 1 o de maio de 1935, por
iniciativa dos funcionários municipais Ernesto Plastino e Adalberto
Ribeiro Reis, contando eles com o integral apoio do prefeito Dr.
Sandoval Henrique de Sá. Essa corporação musical, integrada por
dezoito elementos, estreou seu vistoso uniforme nodia 13 de junho de
1935, dia em que terminavam os tradicionais festejos de Santo Antônio,
os quais se realizavam em Frutal todos os anos, com excepcional
brilhantismo, entusiasmo e muita alegria entre milhares e milhares de fiéis
presentes a todos os atos religiosos e profanos.
Foto 24: A famosa
orquestra "Cruzeiro do Sul", fundada pelo insigne maestro
Josino de Oliveira, fez
sua estréia na memorável noite de 31/10/1948, na "ARF"
Foto 25: Banda de música
"Euterpe Conservadora", fundada pelo Dr. Antenor de Paula e
Silva, em 24/10/1915. A referida corporação musical, composta de
quinze elementos elegantemente uniformizados, fez sua estréia no dia da
festa de Santa Cecília, em 22/11/1917.
Foto 26: Cidadãos
Frutalenses, verdadeiros "homens de respeito do lugar". Isso
era ".antigamente". Como se vê nesta foto, formavam eles o
Conselho Deliberativo do "Grêmio Recreativo Frutalense",
fundado em 1926 sob a inspiração do jovem e inolvidável Juiz de
Direito da Comarca, Dr. Francisco Lavoisier Alvim. Para ser fotografado,
o grupo reuniu-se em frente à Casa da Instrução, na esquina da Praça
da Matriz com a rua Cel. José de Paula, em cujo antigo prédio
funcionava a sede do referido grêmio...
Foto 27: Sentados,
da direita para a esquerda: maestro Clrysógono de Mello, Joaquim
Baptista de Aguiar e Joaquim Augusto de Faria. Em pé, da direita para a
esquerda: Izidio Luiz de Oliveira, Ernesto Plastino, Francisco de
Barros, Lupércio Rodrigues e Miguel Morelli. As duas crianças que
aparecem no clichê são os irmãos Alexandre Mello dos Santos e João
Mello dos Santos. Do grupo acima, estão vivos apenas os sexagenários
Miguel Morelli, Lupércio Rodrigues e Ernesto Plastino e mais as duas
crianças.
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